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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Niveis de desenvolvimento na alfabetização


Nível 1- Hipótese Pré- Silábica

A criança:

- não estabelece vínculo entre a fala e a escrita;

- supõe que a escrita é outra forma de desenhar ou de representar coisas e usa desenhos, garatujas e rabiscos para escrever;

- demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes;

- supõe que a escrita representa o nome dos objetos e não os objetos;coisas grandes devem ter nomes grandes, coisa pequenas devem ter nomes pequenos;

- usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;

- pode conhecer ou não os sons de algumas letras ou de todas elas;

- faz registros diferentes entre palavras modificando a quantidade e a posição e fazendo variações nos caracteres;

- caracteriza uma palavra com uma letra inicial;

- tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que quis escrever;

- supõe que para algo poder ser lido precisa ter no mínimo de duas a quatro grafias, geralmente três( hipóteses da quantidade mínima de caracteres);supõe que para algo poder ser lido precisa ter grafias variadas (hipótese da variedade de caracteres)

Desafio: Qual é o significado dos sinais escritos?

Nível 2 – Intermediário I

A criança:

- Começa a ter consciência de que existe alguma relação entre a pronúncia e a escrita;

- Começa a desvincular a escrita das imagens e números das letras;

- Só demonstra estabilidade ao escrever seu nome ou palavras que teve oportunidade e interesse de gravar. Esta estabilidade independe da estruturação do sistema de escrita;

- Conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.

Desafio: Como resolver a hipótese de que a escrita se vincula com a pronúncia das partes da palavra?
Nível 3- Hipótese Silábica

A criança:

- Já supõe que a escrita representa a fala;

- Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;

- Pode ter adquirido, ou não, a compreensão do valor sonoro convencional das letras;

- Já supõe que a menor unidade da língua seja a sílaba;

- Supõe que deve escrever tantos sinais quantas forem as vezes que mexe a boca, ou seja, para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal;

- Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra.

Desafio: - Como compatibilizar, na escrita ou na leitura das palavras monossílabas e dissílabas, a idéia de quantidade mínima e de variedade de caracteres, se ela supõe que as palavras podem ser escritas com uma ou com duas letras?

- Ao ler as palavras que escreveu, o que fazer com as letras que sobraram no meio das palavras (almofada) ou no final (sobrantes)?

- Se coisas diferentes devem ser escritas de maneira diferente, como organizar as letras na palavra?

Nível 4- Hipótese Silábico- Alfabética

A criança:

- Inicia a superação da hipótese silábica;

- Compreende que a escrita representa o som da fala;

- Combina só vogais ou só consoantes, fazendo grafias equivalentes para palavras diferentes. Por exemplo, AO para gato ou ML para mola e mula;

- Pode combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por exemplo, CAL para cavalo;

- Passa a fazer uma leitura termo a termo (não global).

Desafio: - Como conciliar a hipótese silábica com a hipótese da quantidade mínima de caracteres?

- Como adequar as formas gráficas que o meio lhe propõe à leitura dessas formas?

- Como separar palavras ao escrever, quando elas não são separadas na fala?

- Como tornar a escrita socializável, possível de ser lida por outras pessoas?

Nível 5- Hipótese Alfabética

A criança:

- Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação;

- Compreende o modo de construção do código da escrita;

- Compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba;

- Conhece o valor sonoro de todas as letras ou de quase todas;

- Pode ainda não separar todas as palavras nas frases;

- Omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;

- Não tem problemas de escrita no que se refere a conceito;

- Não é ortográfica nem léxica.

Desafio: - Como entender que falamos de um jeito e escrevemos de outro?

- Como aprender as convenções da língua?

- Como distinguir letras, sílabas e frases?

EF e AT, na obra Psicogênese da Língua Escrita, dizem que se entende por alfabetizada a criança que dominou a base alfabética do sistema de escrita, que lê com compreensão e escreve textos com sentido possíveis de serem lidos, mesmo que apresentem erros de ortografia.
Mª de Fátima Russo e Mª Inês Aguiar Vian dão uma visão geral da didática do professor nos diferentes níveis, alertando quanto aos estudos que vêm sendo realizados neste sentido e incentivando a leitura e estudo da trilogia intitulada Didática da Alfabetização-Nível Pré-Silábico, Nível Silábico, Nível Alfabético, de Esther Pillar Grossi, segundo os quis o professor deve procurar atingir os alunos de todos os níveis, desafiando-os para provocar o avanço. As atividades podem motivar diferentes níveis e em cada criança implicarão uma mudança ou adequação, da hipótese própria do nível em que o aluno se encontra. Há que se desenvolver trabalhos desafiantes e não desestimulantes que possam ser compreendidos e acompanhados por todas as crianças, em classes com alunos de todos os níveis.
O professor precisa levar a criança a raciocinar sobre a escrita e, para isso, ele deve criar um ambiente rico em materiais e em atos de leitura e escrita, incentivando-as. Também, deve provocar interações entre os diferentes níveis, principalmente os mais próximos. Dessa forma, o professor não precisa trabalhar necessariamente com cada aluno, mas sim lhes permitir a comunicação, que é o principal instrumento da didática da aprendizagem da alfabetização. Isto demonstra o valor do trabalho numa classe heterogênea e o quanto ele é viável, uma vez que a homogeneidade é característica apenas dos 1ºs momentos de uma classe remanejada, pois a evolução de cada criança é pessoal.
Em todos os níveis deve-se trabalhar o som das letras do alfabeto, o reconhecimento das formas das letras e a associação grafema-fonema.
“Uma mesma atividade pode servir para aluno em qualquer nível do processo, contanto que ela englobe um espaço amplo de problemas e que o professor provoque diferentemente, questões e desafios adaptados a alunos em situações desiguais dentro da psicogênese”.
O professor deve ter o cuidado de não avaliar a criança como se estivesse em outra hipótese:

- na escrita de pré-silábicos deve procurar avaliar tudo o que se referir a letras: o número e a ordem, seu tamanho e sua posição nas palavras e as iniciais e as finais;
- na hipótese silábica- avaliar usando critérios alfabéticos , mas fazer análise da características da palavras no texto, dando mais ênfase à letra da 1ª sílaba e as 1ªs sílabas das palavras: “pode confrontar produções individuais e ditar palavras como mala, mole, mula que podem resultar ML ou palavras como pato, sapo, calo que podem resultar AO. Ao requerer a leitura dessas palavras, o professor coloca o aluno em conflito, uma vez que ele irá perceber que fez a mesma grafia para palavras diferentes”.
- na hipótese alfabética, correções ortográficas não devem ser feitas e deve-se trabalhar produções individuais e coletivas dos alunos, nas letras de músicas conhecidas pelas crianças ou em qualquer texto que garanta efetivo envolvimento do aluno.


fonte: http://dc122.4shared.com/doc/Rbseg5Pi/preview.html

ENTREVISTA REALIZADA COM UMA PROFESSORA DE DEFICIENTES VISUAIS


PERFIL DA PROFESSORA:

Nome:
Neiva Inês Schaefer Gutjaler
Formação:
· Pedagogia da Educação Especial – UNIJUI
· Especialização na área da Deficiência Visual – UNIJUI
· Capacitação em Orientação e Mobilidade – MEC/SE-RS
Experiência Profissional:
6 anos de atuação em Sala de Recursos para Deficientes Visuais
Atuação:
Professora na E.E.E.M. Senador Alberto Pasqualini, em Santo Augusto – RS, com 8 crianças cegas e 5 crianças com baixa visão (que variam de 5 a 18 anos).




1- Qual a maior dificuldade em alfabetizar crianças com Deficiência Visual?
A criança com perda visual severa pode apresentar ainda atraso no desenvolvimento global. Isto se deve em grande parte à dificuldade de interação, apreensão, exploração e domínio do meio físico.
Essas experiências significativas são responsáveis pela decodificação e interpretação do mundo pelas vias sensoriais remanescentes (táteis, auditivas, olfativas, gustativas). A falta dessas experiências pode prejudicar a compreensão das relações espaciais, temporais e aquisição de conceitos necessários ao processo de alfabetização.
O sucesso escolar da criança vai depender de uma série de fatores, independentemente da idade em que comece a freqüentar a escola e do tipo de programa no qual esteja matriculada.

2- Qual é a diferença entre cegueira e baixa visão?
Baixa visão: é a alteração da capacidade funcional da visão, decorrente de inúmeros fatores isolados ou assiciados taiscomo: baixa acuidade visual significativa, redução importante do campo visual, alterações corticais e/ou de sensibilidade aos contrastes que interferem ou limitam o desempenho visual do indivíduo.
Cegueira: é a perda total da visão até a ausência de projeção de luz.


3- O processo de construção de aprendizagem da leitura e da escrita, em comparação às crianças sem DV, é diferente. De que forma isso é feito?
Acredito que a grande diferença que existe entre a aquisição da aprendizagem da leitura e da escrita de uma criança DV e uma vidente, está no seguinte:
antes de aprender como se escreve e como se lê, a criança vidente tem algumas idéias sobre leitura. Ela tem contato com a escrita na rua, na televisão, nos jornais e em muitos outros lugares. Vê pessoas lendo e escrevendo e pensa sobre isso. A criança vidente incorpora assistematicamente hábitos de leitura e escrita desde muito cedo. No entanto, a criança cega demora muito tempo a entrar no universo do ler escrever. O sistema Braille não faz parte do dia-a-dia, como um objeto socialmente estabelecido, porque somente os cegos se utilizam dele. A descoberta das propriedades e funções da escrita tornam-se impraticáveis para esta criança, caso não tenha acesso a essa comunicação alternativa.

4- Qual a bagagem de conhecimento, em relação à escrita, essas pessoas trazem para a escola?
Infelizmente a grande maioria das crianças cegas só tomam contato com a escrita e a leitura no período escolar. Esse impedimento, sabe-se, pode trazer prejuízos e atrasos no processo de alfabetização.

5- Que metodologia você acredita ser mais apropriada para iniciar o processo de alfabetização de cegos?
A aprendizagem das técnicas de leitura e escrita no sistema Braille, dependem do desenvolvimento simbólico, conceitual, psicomotor e emocional da criança. Essa evolução satisfatória nem sempre se dá de forma espontânea para a criança cega. Daí a necessidade de prestar especial atenção às habilidades e necessidades do aluno cego antes de decidir o momento de ensinar o ensino da simbologia.
Gostaria de mencionar, de forma bem suscinta, os fatores que interferem na aprendizagem da leitura e da escrita Braille:
- organização espaço-temporal;
- interiorização do esquema corporal;
- independência funcional dos membros superiores;
- destreza manual;
- coordenação bimanual;
- independência digital;
- desenvolvimento da sensibilidade tátil;
- vocabulário adequado a idade;
- pronúncia correta (diferenciação de fonemas similares);
- compreensão verbal;
- descriminação auditiva;
- motivação ante a aprendizagem;
- nível geral de maturação.
Quanto ao método utilizado para alfabetizar dadas as particularidades do ensino do sistema Braille creio que o professor pode fazer sua opção, conforme o estilo “perceptivo do aluno”. Levando em consideração os fatores mencionados anteriormente, entre outros.
O método fonético ou sintético tem por objetivo básico ensinar ao aluno o código ao qual os sons são convertidos em letras ou grafemas ou vice-versa, separando inicialmente a leitura e o significado. Decifrar o sistema Braille é uma decodificação de natureza perceptivo-tátil e não garante aprendizagem conceitual e interpretação necessária ao processo de leitura.
Já o método silábico ou alfabético, as sílabas são combinadas para formar palavras. Em geral, quando se ensina por esse método, inicia-se por um treino auditivo, por meio do qual o aluno é levado a perceber que as palavras são formadas por sílabas ou por grupos consonantais. A partir daí o aluno assimila a forma gráfica da sílaba a qual atribui o devido som. Nesse método apresenta-se inicialmente a família silábica, em seguida, palavras, frases e textos.
Para ambos os métodos deve-se propor conteúdos significativos adequados à idade, visto que a leitura, como instrumento de comunicação e de informação, será mais tarde estimulante e motivadora por si mesma.
Durante o período de alfabetização, o aluno focaliza mais sua atenção na interpretação dos significados e nos aspectos formais da mensagem escrita. Por isso, durante essa primeira etapa as palavras e as frases que se apresentam têm de ser curtas e carregadas de um conteúdo emocional que suponha um reforço imediato ao esforço realizado. As mensagens devem apresentar-se com palavras que já tenham sido trabalhadas oralmente pelo aluno e com estruturas lingüísticas familiares para ele.
Em relação a seqüência de apresentação das letras, deve-se levar em consideração as dificuldades específicas do sistema Braille, a semelhança de símbolos, a reversibilidade, assimetria, dificuldades de percepção de cada fonema.
Alguns alunos podem mesmo não aprender a ler e escrever. Isso é possível nos casos de alunos que possuem deficiências associadas a DV. Outros podem adquirir com mais lentidão a habilidade de leitura (que será desenvolvida com a prática) e escrita.
Educar uma criança cega não é uma missão fácil. O profissional que pretende entrar neste campo de ensino, precisará saber que a criança cega ou baixa visão, é um ser que se desenvolve, que constrói, que aprende. Mas, ela apresenta necessidades específicas que reclamam um atendimento especializado e basicamente dirigido a essas especialidades. Seu crescimento efetivo dependerá exclusivamente das oportunidades que lhe forem dadas, da forma pela qual a sociedade a vê, da maneira como ela própria se aceita.
Portanto, não há uma receita pronta e infalível para educar uma criança cega. O professor tem de conhecer o aluno que tem diante de si o sobre o qual recai sua atenção a ação pedagógica. No preparo e na coerência da prática docente pode-se encontrar soluções para grandes problemas.


6- Que recursos didático-pedagógicos são utilizados neste processo?
Os recursos que são indispensáveis no processo ensino-aprendizagem do aluno cego ou de baixa visão, são os seguintes: regletes, punção, células Braille, sorobã, máquina de escrever em Braille, material impresso em Braille, gravador, bengala, bola com guizo, tronco humano desmontável, lupas, mapas em relevo,... além de outros materiais que são os mesmos utilizados com crianças videntes, só que adaptados.

7- Que materiais impressos circulam no meio em que vivem estas crianças? Que acesso elas têm a esse material?
Jornais revistas..., material em Braille, somente o que a escola fornecer.

8- Como você vê a inserção destes alunos numa sociedade dita "letrada"?
Eu acredito que entre uma criança considerada normal e uma criança cega não exista uma diferença essencial. O que as diferencia, consiste somente no caminho que desenvolve o seu desenvolvimento. Portanto, o importante não é que o cego veja as letras, o importante é que as saiba ler. O importante não é que o cego leia e escreva exatamente do mesmo modo que nós (videntes) e que aprenda isto igual a nós, o que importa é que ele saiba fazer isto.
Ler com a vista ou com os dedos, em essencia é a mesma coisa! Claro que educacionalmente é distinto e requer um sistema diferenciado.

9- Qual a contribuição da linguagem Braille para pessoas cegas?
Precisamente a linguagem braille e a comunicação com os videntes se constituem o meio fundamental de compensação do cego. Deixado a sua própria sorte, encerrado no âmbito de sua própria experiência, excluído da experiência social, o cego se desenvolve como um ser totalmente peculiar profundamente distinto do homen considerado normal e sem adaptação alguma da vida e do mundo dos videntes. Supõe-se que no caso de uma comunicação exclusiva entre cegos, sem intervenção nenhuma dos videntes, poderia nascer uma categoria especial de pessoas.
A palavra vence a cegueira. Por isso, o objetivo fundamental da educação do cego não consiste em desenvolver, refor~çar ao máximo os outros sentidos, não reside na compensação orgânica direta da visão ausente. Consiste em incorporar a criança cega através da linguagem, a experiências social dos videntes.

10- Sabemos que a legislação brasileira ampara os portadores de necessidades especiais para a sua inclusão em todas instâncias sociais. Entretanto, entre o real e o ideal há uma distância. Como você vê a preparação dos educadores e do mercado de trabalho para a efetivação desta inclusão?
A dificuldade de colocação profissional vem sendo enfrentada por uma parcela significativa de brasileiros, e com relação ao deficiente visual ela é agravada, pela infundada crença de que a cegueira afeta todas as funções do indivíduo e que são restritas as atividades possíveis de ser realizadas pela pessoa cega ou de visão reduzida. O receio dos problemas de interação com o grupo de trabalho, da ocorrência de acidentes e o custo de adequações e aquisição de equipamentos especiais é, certamente, outro fator de impedimento de acesso da pessoa cega ao mercado de trabalho.
Quanto aos profissionais da educação, penso ser de fundamental importância investir na “formação”, pois a educação inclusiva conduz a necessidade do professor saber respeitar e conviver com as diferenças, buscando estratégias que viabilizem seu trabalho no e para a diversidade, estando e sentindo-se preparado para adaptar-se às novas situações que poderão surgir no interior da sala de aula. Acredito também que esta formação auxiliará no sentido de ajudar a desmistificar conceitos e preconceitos que temos em relação PNEE.

fonte: http://proavirtualg28.pbworks.com/w/page/18670719/ESTRAT%C3%89GIAS%20DO%20ENSINO%20DE%20ALFABETIZA%C3%87%C3%83O

ESTRATÉGIAS DO ENSINO DE ALFABETIZAÇÃO


FALANDO SOBRE METODOLOGIA

"Todos temos consciência de que um professor não deve ser um mero repassador de informações, um simples repetidor de modelos já experimentados e de conteúdos diversos. Seu papel é muito mais relevante. Exige-se desenvoltura, de sua prática pedagógica, impõe-se uma compreensão exata e profunda do ofício que exerce.
Por isso, acredita-se que não existe uma receita pronta de qual a melhor maneira de alfabetizar, principalmente em se tratando de pessoas que requerem uma metodologia ainda mais diversificada."
Levando em conta o estudo Piagetiano, que demonstra que a função cognitiva de crianças portadores de deficiência visual desenvolve-se bem mais lentamente, comparando-se com o desenvolvimento de crianças videntes podemos afirmar que o educando deve primeiro estar consciente da grandeza e da complexidade dessa empreitada. Deve ser um observador severo e ficar atento à trajetória evolutiva do aluno que está em suas mãos, mostrando-se um estudioso permanente da área educacional em que atua e acredita.
Antes de mais nada é preciso salientar que o professor alfabetizador deve ter uma formação diversificada e sólida para que possa compreender os mecanismos desse trabalho. Embora saibamos que muito pouco se tem feito a esse respeito, o da qualificação profissional, muitos profissionais procuram por meios diferentes formas de se capacitarem, bem como algumas instituições têm feito parcerias com ONGs e outros tipos de instituições para um atendimento mais qualificado à esse educador tão especial.
O trabalho com esse tipo de alfabetizando requer do professor uma percepção mais sensível do processo evolutivo em que ele está. Deve lembrar que muitas vezes a criança chega em suas mãos em estado bruto e que está a espera de uma lapidação para mostrar o seu potencial. Deve procurar desacomodar o alfabetizando fazendo que o mesmo procure uma nova base em que se firmar, se reestruturar e construir um novo processo de acomodação (Piaget).
Embora não haja um manual de como agir num processo de alfabetização, seja de cegos ou videntes, há, isso sim, alguns elementos que podem auxiliar nessa ação e que por muitas vezes se fazem essenciais na construção da leitura e da escrita.
A criança deve contar com a aplicação de estratégias ou técnicas específicas para a estimulação visual, orientação e mobilidade, bem como para leitura, escrita e cálculos com materiais específicos e adaptados às suas limitações e, sobretudo, deverá contar com uma intervenção precoce iniciada o mais cedo possível, seja em casa ou na escola.(Martin & Bueno – Necessidades Educativas Especiais).
Para dar inicio à construção da alfabetização é preciso que esse alfabetizando passe por uma estimulação visual onde “aprenderá a ver” a partir de diferentes tarefas cognitivas e sensoriais, tais como;
· Tomar consciência de seus diferentes sentidos,
· Preparação para formas,
· Discriminação e reconhecimento de diferentes relevos,
· Memória e organização “visual”.
A criança cega, em processo de alfabetização necessita experiências físicas diretas com objetos que a rodeia, principalmente com os objetos de ‘escrita em branco’: o punção, a reglete, máquina de escrever, textos em relevo, ábacos, símbolos da escrita em formas táteis... A escola deverá levar ao aluno opções diversas de materiais didáticos-pedagógicos

 fonte: http://proavirtualg28.pbworks.com/w/page/18670719/ESTRAT%C3%89GIAS%20DO%20ENSINO%20DE%20ALFABETIZA%C3%87%C3%83O

>>>DEFICIENTES VISUAIS; ALFABETIZAÇÃO<<<

RESPOSTAS AOS NOSSOS PRIMEIROS QUESTIONAMENTOS

Questões problematizadora deste Projeto de Aprendizagem:

* Como a criança cega constrói suas hipóteses em relação a leitura e a escrita?
Num processo de aprendizagem funcional e significativo aprendizagem é fruto da construção do conhecimento e internalização dos conceitos vividos pelo próprio sujeito. Este conhecimento decorre de sua ação no mundo e da significação que suas percepções adquirem pela interação e relação com o meio.
Não podemos esquecer que Piaget (1982) afirmou que o erro é a forma de a criança poder construir seu pensamento, suas hipóteses. É através do erro que a criança organiza e reorganizasse estruturas mentais. Portanto, educar uma criança cega para Piaget significa provocar o desequilíbrio no organismo(mente) da criança para que ela procurando o reequilíbrio se reestrutura cognitivamente e aprenda. O mecanismo de aprender da criança cega é sua capacidade de reestruturar-se mentalmente procurando um novo equilíbrio.
A concepção de aprendizagem significativa não se baseia apenas na assimilação do meio externo e na quantidade de informação captada, sem conexão com experiências concretas significativas. Não se utiliza de treinamento, aprendizagem mecânica ou essencialmente reprodutiva dos conhecimentos transmitidos.

* Qual a bagagem de conhecimento em relação à escrita as crianças cegas trazem para a escola?
Considerando os estudos atuais de alfabetização sabemos que as crianças videntes chegam na escola com uma bagagem de conhecimento em relação à escrita que está relacionada às imagens presentes em seu cotidiano, o qual influencia e colabora no seu processo de alfabetização. A Criança chega à escola com uma bagagem de conhecimentos adquiridos naturalmente ao meio em que vive, entretanto, "a criança cega não passa com tal naturalidade por essas experiências enriquecedoras. Falta-lhe a condição de imitar, acaba, por essa razão, não tendo reais oportunidades de aprendizagem. O ato da escrita tão simples e prazeroso para uma criança vidente, transforma-se numa lacuna para ela nos primeiros anos de sua vida." (Maria da Gloria de Souza Almeida - As diferentes facetas da Alfabetização)
* Quais materiais impressos circulam no meio em que vivem as crianças cegas? Que acesso elas têm a esse material impresso?*
Normalmente, o acesso que a criança cega tem ao material que possa manipular apenas acontece na escola, exceto nos casos em que as famílias têm renda que possibilite a aquisição destes materiais.
Os materiais em braille ou adaptados, como é o caso de computadores, são poucos. Este fato se justifica devido ao alto custo de impressão ou montagem.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

SUGESTÕES DE TEMAS PARA MONOGRAFIA DO CURSO DE PSICOPEDAGOGIA


- O desenho na avaliação psicopedagógica - sugestão: Marisa
- O adolescente infrator e o fracasso escolar - sugestão: Felipe
- Dificuldades de aprendizagem no processo de alfabetização
- A prática avaliativa num contexto psicopedagógico
- A importância da mediação no processo de aprendizagem
- Estratégias Pedagógicas Facilitadoras da Aprendizagem através de enfoques Psicopedagógicos
- O papel do psicopedagogo na instituição escolar
- Influência da motivação no processo ensino aprendizagem
- A fala cotidiana do aluno e a sua influência nos processos educativos formais.
- Jogos didáticos na área de matemática: aprimorando o ensino- aprendizagem dos educados
- Intervenção psicopedagógica em crianças com TDAH
- O psicopedagogo e as intervenções nas dificuldades de aprendizagem
- A importância do jogo no processo de aprendizagem
- Diagnóstico psicopedagógico
- O psicopedagogo e sua intervenção nas dificuldades de aprendizagem
- Os contos de fadas num contexto psicopedagógico
- A utilização de softwares como instrumento de trabalho psicopedagógico
- Afetividade num olhar psicopedagógico
- Relação entre afetividade e inteligência
- A omissão da família nas atividades escolares e o fracasso escolar
- A importância da família no processo de aprendizagem da criança
- Psicopedagogia e a construção do pensamento e da linguagem
- Psicopedagogia e inclusão escolar
- Reeducação psicomotora
- O desenvolvimento Psicomotor de crianças hospitalizadas
- Atividades lúdicas em psicopedagogia
- A atividade lúdica na construção do conhecimento matemático na 1ª série do ensino fundamental
- Brinquedoteca
- A importância das atividades lúdicas para o trabalho do Psicopedagogo
- O brinquedo e o desenvolvimento cognitivo em crianças da pré-escola
- O trabalho psicopedagógico com crianças com Síndrome de Down
- Psicopedagogia e a educação de deficientes auditivos
- Psicopedagogo hospitalar: quem é este profissional?
- Evasão escolar
- Implantação de um grupo de apoio psico-sócio-familiar
- A sexualidade: uma ação pedagógica na escola
- Dificuldade de leitura e escrita ou dislexia?

FONTE DA INFORMAÇÂO:psicopedagogiabrasil.com.br


MAIS TEMAS PARA MONOGRAFIA
1 - A FINALIDADE DA ESCOLA.

2 - A ANTECIPAÇÃO DA ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

3 - A ARTE BARROCA EM MINAS GERAIS.

4 - A ARTE COMO ELEMENTO NO ENSINO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL

5 - A ARTERAPIA NOS CANAIS EXPRESSIVOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

6 - A AVALIAÇÃO COMO DÍNAMO DO PROCESSO EDUCATIVO.

7 - A CULTURA E A SOCIALIZAÇÃO NO PROCESSO EDUCATIVO.

8 - A DERIVADA E SUAS APLICAÇÕES MATEMÁTICAS.

9 - A DIDATICA E SUA IMPORTÂNCIA NA ATUAL FORMAÇÃO DO DOCENTE.

10 - A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL (EAD).

11 - A EDUCAÇÃO DURANTE A LEI DO VENTRE LIVRE.

12 - A ESCRITA NO PROCESSO INICIAL DA ALFABETIZAÇÃO.

13 - A FILOSOFIA E A CRIANÇA.

14 - A FORMAÇÃO DO PROFESSOR COMO DESAFIO PARA AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS.

15 - A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NO PROCESSO EDUCATIVO.

16 - A IMPORTÂNCIA DA FONOAUDIOLOGIA NA PRÉ-ESCOLA.

17 - A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA NA VIDA PRÁTICA.

18 - A INFLUÊNCIA DA FAMILIA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO.

19 - A INFLUENCIA DO NEOLIBERALISMO NA EDUCAÇÃO.

20 - A INFORMÁTICA E SUA IMPORTANCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS PÚBLICAS.

21 - A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.

22 - A LEITURA E SUA IMPORTÂNCIA NAS SÉRIES INICIAIS.

23 - A LITERATURA INFANTIL COMO RECURSO PARA A AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM.

24 - A LITERATURA INFANTIL USADA PARA A AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM.

25 - A POLUIÇÃO DA ÁGUA DOCE DIANTE DO DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL

26 - A PSICANÁLISE, A EDUCAÇÃO E A INCLUSÃO ESCOLAR.

27 - A PSICOLOGIA E SUA CONTRIBUIÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR.

28 - A REFACÇÃO DE TEXTO A PARTIR DA LEITURA ORALIZADA.

29 - ÁGUA RECURSOS HIDRICOS NATURAIS NECESSÁRIOS A SOBREVIVÊNCIA DA HUMANIDADE.

30 - ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO.

31 - ANÁLISE AMBIENTAL NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

32 - AS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA REDE PÚBLICA.

33 - AS HABILIDADES E COMPETENCIAS DO ENSINO - APRENDIZAGEM DE HISTORIA E FORMAÇÃO DO PROFESSOR.

34 - ASPECTOS SOCIAIS E PEDAGOGICOS DA DEFICIENCIA AUDITIVA.

35 - AUTO-ESTIMA E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

36 - AVALIAÇÃO NA CONTRAMÃO DA RELAÇÃO EM SALA DE AULA.

37 - AVALIAÇÃO PRATICADA E USADA.

38 - COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

39 - DIFICULDADE DE ACESSO E PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR DE COMUNIDADES CARENTES.

40 - DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ALFABETIZAÇÃO.

41 - EAD - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL.

42 - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.

43 - EDUCAÇÃO A QUATRO MÃOS.

44 - EDUCAÇÃO E TRABALHO - UM PASSO PARA INCLUSÃO SOCIAL.

45 - EDUCANDO COM A MATEMÁTICA.

46 - ENSINO A DISTÂNCIA.

47 - EXCLUSÃO DIGITAL.

48 - FICHAMENTO :EDUCAÇÃO E POLÍTICA NO BRASIL DE HOJE.

49 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL.

50 - GÊNEROS DISCURSIVOS NO ENSINO.

51 - HISTÓRIA DA ARTE NO BRASIL.

52 - HISTORIA E INTRODUÇÃO DAS ARTES

53 - LUTERANISMO NO BRASIL E OS MOTIVOS DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ.

54 - MATEMATICA : DIFICIL, VERDADEIRO OU FALSO.

55 - MEDIDAS PREVENTIVAS PARA A CONSERVAÇÃO DAS RESERVAS NATURAIS

56 - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

57 - OS VALORES DA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI.

58 - PEDAGOGIA: OLHAR APURADO OU MIRAGEM.

59 - PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA X EXCLUSÃO DIGITAL.

60 - POLÍTICA DE COTAS NAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR.

61 - POLITICAS EDUCACIONAIS.

62 - PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO.

63 - RECICLAGEM DE VALORES ATRAVÉS DA RECICLAGEM DE LIXO

64 - RISCO SOCIAL, DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NOS ALUNOS DE ESCOLA MUNICIPAL.

65 - SEMIÓTICA E SUA APLICAÇÃO AO TEXTO LITERÁRIO.

66 - SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO.

67 - VIOLÊNCIA NA ESCOLA.

FONTE DE INFORMAÇÃO- http://www.webmonografias.com.b

Sugestões de temas para TCC - Pedagogia


Temas de TCC para Pedagogia


Como evitar a violência na escola.

Buscar os melhores métodos de segurança e orientação para que a violência nas escolas seja evitada.
Jogos e brincadeiras na educação infantil.

Os jogos e brincadeiras auxiliam a criança a aprender

analisar os melhores brinquedos educativos para ajudar na facilidade do aprendizado e formação do aluno.

A importância da música para o aprendizado.

A música ajuda tanto crianças quanto jovens a memorizar a matéria ou fórmulas.

As dificuldades no aprendizado.

Analisar se os problemas familiares estão influenciando para a dificuldade no aprendizado, se o ensino está correto ou até mesmo analisar para verificar se o aluno possui déficit de atenção.

A importância do brincar para a criança.

As brincadeiras estimulam a criatividade e a imaginação da criança, é bom para a formação e auxilio na aprendizagem.

A diferença cultural nas escolas.

Como evitar para que a diferença cultural não atrapalhe o aluno no ensino ou até mesmo na convivência entre outros alunos.

O auxilio da Educação física para a diminuição da agressividade do aluno.

Usar a educação física para que o aluno tenha uma diminuição da agressividade.

Família X Escola.

Como evitar os conflitos educacionais entre família e escola.

A relação entre professor e aluno em diferentes séries e idades
.

Como o professor deve se portar para ter uma relação com o aluno, e saber ter diferentes características para lidar com alunos de varias séries e idades.

Escola e família: uma aproximação necessária.

A união entre educação familiar e escolar para a formação ideal do aluno e criança.

Educação de Jovens e adultos.

A diferença entre a educação de jovens e adultos.

Os aspectos positivos e negativos da educação a distancia.

A facilidade do acesso ao aprendizado, porem nem sempre é efetiva.

A importância da inclusão digital nas escolas.

Como a inclusão digital pode auxiliar na educação, além de facilitar e abranger os campos de pesquisa e acesso a educação.

A criança que temos e a que queremos.

A diferença entre a criança que temos e a que gostaríamos de ter, o porquê isso ocorreu e apontar as falhas na educação e quem cometeu essas falhas.

Linguagem e o pensamento da criança.

Como a criança desenvolveu o pensamento dela, e a influencia que ela tem sobre a linguagem utilizada.

Como obter a autoconfiança da criança.

Quais os procedimentos para que a criança acredite nela mesma.

Pedagogia Hospitalar.

A importância da pedagogia nos hospitais, para auxiliar e orientar crianças que estão internadas, alem de interagirem e auxiliar no tratamento.

As melhorias no sistema de ensino.


Quais as melhorias que poderiam acontecer para que o sistema de ensino fosse cada vez mais acessível e de qualidade.

Contribuição do pedagogo na Educação escolar.

Como o pedagogo pode ajudar para a formação educacional da criança nas escolas.

Pedagogia da comunicação.

Orientar a criança através da comunicação, como esse método pode ser eficaz.

fonte: site Mais Monografia