Hans Asperger
Hans
Asperger (pronuncia-se ásperguer) nasceu em 18 de Fevereiro de 1906 em uma
fazenda nos arredores de Viena. Ele era o mais velho de dois irmãos. Ainda
muito novo, mostrou talentos especiais com a linguagem e, nos primeiros anos de
escola, era conhecido por recitar o poeta austríaco Franz Grillparzer.
Tinha dificuldade em fazer amigos e era considerado
"distante" mas, na juventude, nos anos 1920, formou amizades que
duraram por toda a sua vida. Formou-se em Medicina em 1931 e assumiu a direção
da estação ludo-pedagógica na clínica infantil da universidade em Viena, em
1932. Casou-se em 1935 e teve cinco filhos. Desde 1934 esteve envolvido com a
clínica psiquiátrica, em Leipzig.
Asperger publicou a primeira definição da síndrome, em
1944, em um artigo sob o título "psicopatia autista, uma desordem de
personalidade. Ele identificou um padrão de comportamento e habilidades
peculiares, principalmente em meninos. O padrão incluía: "falta de
empatia, capacidade reduzida para relacionamentos sociais e conversas, comportamento
solitário, profunda ligação com interesses especiais e movimentos
desajeitados."
Asperger chamou os seus pacientes de “pequenos
professores" em virtude do vasto conhecimento em assuntos de seu
interesse.
A Síndrome de Asperger
Alguns pesquisadores acreditam que Sindrome de Asperger
seja a mesma coisa que autismo de alto funcionamento, isto é, com inteligência
preservada. Outros acreditam que no autismo de alto funcionamento há atraso na
aquisição da fala, e na Síndrome de Asperger, não.
Por um lado, para algumas pessoas dizer, que alguém é portador de Síndrome de Asperger parece mais leve e menos grave do que ser portador de autismo, mesmo que de alto funcionamento – embora isto seja provavelmente uma ilusão.
Por um lado, para algumas pessoas dizer, que alguém é portador de Síndrome de Asperger parece mais leve e menos grave do que ser portador de autismo, mesmo que de alto funcionamento – embora isto seja provavelmente uma ilusão.
A Síndrome de Asperger é um distúrbio do espectro do
autismo, que só foi reconhecido em 1984. Por esse motivo, as pessoas que
desenvolveram a doença antes desta data, eram vistas como esquizofrênicas,
depressivas ou doentes mentais. Na sequência é apresentada a cronologia do
reconhecimento da Síndrome de Asperger:
Foi reconhecida como patologia e denominada
Síndrome de Asperger em 1981
Em 1994, foi incluída na Classificação Internacional de
Doenças (CID.10), pela OMS
Está classificada sob o registro número F84.5 – Síndrome
de Asperger
a) Síndrome de Asperger na perspectiva de um Aspie
b) Síndrome de Asperger – CID-10
Um transtorno de validade nosológica incerta,
caracterizado pelo mesmo tipo de anormalidades qualitativas de interação social
recíproca que tipifica o autismo, junto com um repertório de interesses e
atividades restrito, estereotipado e repetitivo. O transtorno difere do autismo
primariamente por não haver nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento
cognitivo ou de linguagem. A maioria dos indivíduos é de inteligência global
normal, mas é comum que seja marcadamente desajeitada; a condição ocorre predominantemente
em meninos (em uma proporção de cerca de oito garotos para uma menina). Parece
altamente provável que pelo menos alguns casos representem variedades leves de
autismo, mas é incerto se é assim para todos. Há uma forte tendência para que
as anormalidades persistam na adolescência e na vida adulta e parece que elas
representam características individuais que não são grandemente afetadas por
influências ambientais. Episódios psicóticos ocasionalmente ocorrem no início
da vida adulta.
Diretrizes Diagnósticas: O diagnóstico é baseado na
combinação de uma falta de qualquer atraso global clinicamente significativo no
desenvolvimento da linguagem ou cognitivo, como com o autismo, a presença de
deficiências qualitativas na interação social recíproca e padrões de
comportamento, interesses e atividades restritos, repetitivos e estereotipados.
Poe haver ou não problemas de comunicação similares àqueles associados ao
autismo, mas um retardo significativo de linguagem excluiria o diagnóstico.
Inclui:
psicopatia autista
transtorno esquizóide da infância
Exclui:
transtorno de personalidade anancástica (F.60.5)
transtorno de vinculação na infância (F.94.1;F94.2)
transtorno obsessivo-compulsivo (F42.__)
transtorno esquizotípico (F21)
esquizofrenia simples.
c) Síndrome de Asperger - DSM-IV
Características Diagnósticas: As características
essenciais do Transtorno de Asperger são um prejuízo severo e persistente na
interação social (Critério A) e o desenvolvimento de padrões restritos e
repetitivos de comportamento, interesses e atividades (Critério B) (Consultar
p. 66, em Transtorno Autista, para uma discussão acerca dos Critérios A e B). A
perturbação deve causar prejuízo clinicamente significativo nas áreas social,
ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento (Critério C).
Contrastando com o Transtorno Autista, não existem atrasos clinicamente
significativos na linguagem (isto é, palavras isoladas são usadas aos 2 anos,
frases comunicativas são usadas aos 3 anos) (Critério D). Além disso, não existem
atrasos clinicamente significativos no desenvolvimento cognitivo ou no
desenvolvimento de habilidades de auto-ajuda apropriadas à idade, comportamento
adaptativo (outro que não na interação social) e curiosidade acerca do ambiente
na infância (Critério E). O diagnóstico não é dado se são satisfeitos critérios
para qualquer outro Transtorno Invasivo do Desenvolvimento específico ou para
Esquizofrenia (Critério F).
Características e Transtornos Associados: O
Transtorno de Asperger é observado, ocasionalmente, em associação com condições
médicas gerais que devem ser codificadas no Eixo III. Vários sintomas ou sinais
neurológicos inespecíficos podem ser observados. Os marcos motores podem
apresentar atraso e uma falta de destreza motora em geral está presente.
Prevalência: As informações sobre a prevalência do
Transtorno de Asperger são limitadas, mas ele parece ser mais comum no sexo
masculino.
Curso: O Transtorno de Asperger parece ter um início
mais tardio do que o Transtorno Autista, ou pelo menos parece ser identificado
apenas mais tarde. Atrasos motores ou falta de destreza motora podem ser
notados no período pré-escolar. As dificuldades na interação social podem
tornar-se mais manifestas no contexto escolar. É durante este período que
determinados interesses idiossincráticos ou circunscritos (por ex., fascinação
com horários de trens) podem aparecer e ser reconhecidos como tais. Quando
adultos, os indivíduos com a condição podem ter problemas com a empatia e
modulação da interação social. Este transtorno aparentemente segue um curso
contínuo e, na ampla maioria dos casos, a duração é vitalícia.
Padrão Familia: Embora os dados disponíveis sejam limitados, parece existir uma freqüência aumentada de Transtorno de Asperger entre os membros das famílias de indivíduos com o transtorno.
Ainda no tema Asperger eu recomendo o Filme MARY &
MAX:
Uma história de amizade entre duas pessoas muito
diferentes: Mary Dinkle (voz de Toni Collette), uma menina gordinha e
solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz
(voz de Philip Seymour Hoffman), um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive
com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e dois
continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da
vida. Mary e Max é viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de
onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança,
diferenças religiosas e muito mais.
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