Teoria da Chave da maçã
Tendemos a considerar bom e/ou correto aquilo que mais
nos agrada em imagem ou som. O mundo empresarial sabe mundo bem disso e através
do marketing das propagandas vende seus produtos. Comerciais exibidos na TV
induzem a um consumismo exagerado. Produtos passam a ser chamados pelo nome das
marcas, como acontece com a lâmina de barbear ou a super cola. Quantas vezes
não fomos a alguma loja e pedimos um Gilette ou uma Cola Super Bonder??? Outro
exemplo da influência da imagem/propaganda são as campanhas nazistas que
exibiam uma realidade deturpada, totalmente paralela ao que acontecia com os
judeus, para justificar o massacre dos mesmos. Exibiam filmagens, pintavam
quadros com judeus desfigurados, com narizes de ratos e esbanjando dinheiro
(você pode expandir um pouco seu conhecimento com o filme Escritores da
Liberdade).
Por muitas vezes tomarmos o belo como correto acabamos
por cultivar uma serie de atitudes discriminatórias. Julgamos as pessoas pelas
roupas que veste, pela forma de falar, um penteado. Temos mais medo das pessoas
que chamamos de “loucas” do que de um psicopata que se veste com terno e
gravata. Julgamos muito pelo que vemos, por uma imagem formada e cultivada como
correta, vale lembrar-se dos estereótipos massacrantes da moda que produzem
jovens depressivos, bulêmicos e anoréxicos.
Vamos analisar as imagens abaixo:
Na primeira imagem vemos um fruto, a maçã. Uma vez
alfabetizados, vamos reconhecer a palavra abaixo da figura, associar a figura e
dizer seguramente que está escrito “maçã”. Na segunda figura já temos uma
tendência formada pela cultura, muitos jovens, facilmente reconhecem o nome
“Apple” associado a imagem maçã por que juntos lembram a logo de uma empresa
tecnológica muito importante. Logo tendo visto a primeira imagem, e tendo
reconhecido a imagem e figura vão deduzir que a segunda figura e imagem também
representam “maçã”. Na terceira figura, no entanto, temos uma figura comum às
anteriores, é visivelmente uma maçã, mas a palavra “orsha” não é comum ao nosso
dia-a-dia. Podemos dizer então que “orsha” significa maçã em alguma língua
estrangeira? Por observação das duas primeiras figuras e palavras diríamos que
sim, mas Orsha é apenas o nome de uma cidade russa, nada tem haver com o a palavra
maçã, foi inserida abaixo da figura apenas para nos enganar. A partir dessa
observação podemos entender apenas que por mais que uma resposta nos pareça
certa não quer dizer que esteja. É uma chave simples, assim como fazemos na
educação especial de evitar de ensinar as vogais (a,e,i,o,u) para as crianças
nessa ordem pra evitar que elas decorem a ordem e não forme a associação das
letras com as palavras, ensinamos alternando a ordem até que percebamos que os
conceitos foram formados.
Assim poderíamos apresentar
a seguinte seqüência para alguma pessoa:
O que você vê?
R:: Maçã
O que você vê?
R:: Maçã
O que está escrito abaixo da figura?
R:: Maçã???
Valemos de frases feitas como "não julgue o livro pela capa" ou "as aparências enganam" pra perceber que a "chave das maçãs" não é nenhuma novidade apenas mais uma forma de demonstrar um conceito antigo e que ainda é forçoso pra muitos perceberem.
Interessante, mas eu já sabia que orsha é nome de um lugar...
ResponderExcluir