Páginas

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Teoria da Chave da maçã


Teoria da Chave da maçã

            Tendemos a considerar bom e/ou correto aquilo que mais nos agrada em imagem ou som. O mundo empresarial sabe mundo bem disso e através do marketing das propagandas vende seus produtos. Comerciais exibidos na TV induzem a um consumismo exagerado. Produtos passam a ser chamados pelo nome das marcas, como acontece com a lâmina de barbear ou a super cola. Quantas vezes não fomos a alguma loja e pedimos um Gilette ou uma Cola Super Bonder??? Outro exemplo da influência da imagem/propaganda são as campanhas nazistas que exibiam uma realidade deturpada, totalmente paralela ao que acontecia com os judeus, para justificar o massacre dos mesmos. Exibiam filmagens, pintavam quadros com judeus desfigurados, com narizes de ratos e esbanjando dinheiro (você pode expandir um pouco seu conhecimento com o filme Escritores da Liberdade).      
            Por muitas vezes tomarmos o belo como correto acabamos por cultivar uma serie de atitudes discriminatórias. Julgamos as pessoas pelas roupas que veste, pela forma de falar, um penteado. Temos mais medo das pessoas que chamamos de “loucas” do que de um psicopata que se veste com terno e gravata. Julgamos muito pelo que vemos, por uma imagem formada e cultivada como correta, vale lembrar-se dos estereótipos massacrantes da moda que produzem jovens depressivos, bulêmicos e anoréxicos.
            Vamos analisar as imagens abaixo:

                                                              Na primeira imagem vemos um fruto, a maçã. Uma vez alfabetizados, vamos reconhecer a palavra abaixo da figura, associar a figura e dizer seguramente que está escrito “maçã”. Na segunda figura já temos uma tendência formada pela cultura, muitos jovens, facilmente reconhecem o nome “Apple” associado a imagem maçã por que juntos lembram a logo de uma empresa tecnológica muito importante. Logo tendo visto a primeira imagem, e tendo reconhecido a imagem e figura vão deduzir que a segunda figura e imagem também representam “maçã”. Na terceira figura, no entanto, temos uma figura comum às anteriores, é visivelmente uma maçã, mas a palavra “orsha” não é comum ao nosso dia-a-dia. Podemos dizer então que “orsha” significa maçã em alguma língua estrangeira? Por observação das duas primeiras figuras e palavras diríamos que sim, mas Orsha é apenas o nome de uma cidade russa, nada tem haver com o a palavra maçã, foi inserida abaixo da figura apenas para nos enganar. A partir dessa observação podemos entender apenas que por mais que uma resposta nos pareça certa não quer dizer que esteja. É uma chave simples, assim como fazemos na educação especial de evitar de ensinar as vogais (a,e,i,o,u) para as crianças nessa ordem pra evitar que elas decorem a ordem e não forme a associação das letras com as palavras, ensinamos alternando a ordem até que percebamos que os conceitos foram formados.

Assim poderíamos apresentar a seguinte seqüência para alguma pessoa:

O que você vê?
R:: Maçã
 O que você vê?


 
R:: Maçã
O que está escrito abaixo da figura?   

R:: Maçã???




Valemos de frases feitas como "não julgue o livro pela capa" ou "as aparências enganam" pra perceber que a "chave das maçãs" não é nenhuma novidade apenas mais uma forma de demonstrar um conceito antigo e que ainda é forçoso pra muitos perceberem. 

Um comentário: