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sábado, 17 de setembro de 2011

Mito e sociedade


Mito
Maquiagem do Real

Era uma vez… Quem nunca ouviu esta frase eternizada pelos contos de fadas? Os antigos contavam historias para as crianças de modo a alertá-las sobre os perigos do mundo, entreter-las e controlá-las. Contos de criaturas que levavam embora os meninos mal educados e bagunceiros, historias de amor que estipulavam a inocência e benevolência das “princesinhas”. O conto não deixa de ser uma forma de educar as crianças. Mas e os adultos? Qual a relação deles com as historias? Vivemos cercados de mitos e superstições: bruxas, criaturas folclóricas, sexta-feira 13, gato preto e outras.
            A filosofia define o mito como criação fabulosa da mente humana. Eu filosoficamente defino o mito como uma maquiagem do real. O mito pode ser positivo, como o que é utilizado as fabulas infantis para expor uma mora, ou negativo quando encobre uma verdade, cegando as pessoas sobre algo importante. O mito como uma ilusão e negativo porque age separando o individuo da razão e da critica, às vezes ate deixando ele acomodado e preguiçoso diante uma situação-problema. A pessoa pode ficar a espera que algo fabuloso chegue (como um milagre), e ainda deixa de ser senhor de si.
 O mito também pode ser usado como forma de opressão, um exemplo claro disso é o que fazia a igreja com sua santa inquisição queimando supostas bruxas, oprimindo outras correntes religiosas, acusando intelectuais de hereges e vendendo “passes” para o céu. Hitler usou de um mito sobre a supremacia da raça ariana e pôde atingir o auge do nazismo. As propagandas nazistas traziam uma ilusão de sociedade, logo um mito social, com isto seus espectadores acreditavam com veemência na supremacia de raças. O diferente foi marginalizado, propagandas contra os judeus, homossexuais, ciganos e estrangeiros dominaram a mente de muitas pessoas na época. E sabemos que ainda hoje há pessoas que vivem pela filosofia nazista.
A mídia hoje é uma forma de nos expor a novos mitos. Padrão de beleza massacrante, modismo, musica e ate alimentação. Os típicos comerciais de margarina com famílias “perfeitas”, propagandas para crianças e adultos que induzem a uma consumismo desenfreado. Seguem a antiga filosofia do pão e circo; desde que haja alimento e diversão as pessoas não vão se preocupar com os problemas sociais. Fazem filmes para mascarar a crise. Vale lembrar a da criação do capitão America no período de guerra para mascarar a situação e buscar novos patriotas na luta contra o inimigo nazista. Há ainda casos de pessoas que entram em estado de psicose se imaginado ser personagens da mídia e acabam cometendo atrocidades.
O mito faz o homem acreditar. Dentro disso recorremos ao termo psicossomático, onde a influencia da mente manipula o corpo. Há relatos de pessoas que se curaram por simplesmente acreditar numa cura. A fé pode induzir o corpo a produzir uma seria de substancias e hormônios, o prazer que os fieis sentem durante seus cultos demonstram isso, essa felicidade é a reação do corpo diante a fé. Existem doenças de caráter psicossomático, onde a pessoa acredita estar doente (como na hipocondria) e isso reflete em seu corpo fazendo-a sofrer os efeitos dessa doença. A mente tem grande poder sobre o corpo, uma das maiores forças que se conhece é a fé. Dentro dela o ser humano atribui caráter de fatos para coisas completamente fora da razão. Por fé, por aquilo que se acredita, as pessoas matam, roubam, cometem os piores crimes, se mutilam, salvam vidas, lutam e resistem. Os nazistas cometeram atrocidades e massacres porque acreditavam que isso era o certo, era a fé deles que fazia com que admirasse Hitler como um deus. Movidos pela fé que pessoas se envolveram em massacres religiosos. Grupos terroristas como a Al Kaeda se baseiam na fé quando cometem atos terroristas. Muçulmanos apedrejam adúlteras e católicos condenam os homossexuais baseados nas sagradas escrituras. A fé continua sendo a maior força dentro da mente humana, tonando as pessoas capazes de tudo, por mais degenerado que seja. A fé é indissociável do mito, porque se baseia nele pra existir. Marx definia a religião como o ópio do povo, causadora de opressão e separação de classes. E o mito é assim um ópio (droga), capaz de causa alucinações e induzir a crença nos maiores absurdos. O mito não é racional, embora busque bases racionais para se edificar.
O conflito em razão e religião nos segue em toda historia da humanidade. Sempre haverá divergências claras entre a ciência e a religião. Sempre haverão tabus a serem discutidos. Muito do que as pessoas têm como verdade nas sagradas escrituras é completamente oposto do que explica a ciência. Nesse conflito a religião acaba sempre ganhando, porque o mito se sobrepõe a razão. A razão busca curar pela ciência, em contraponto a religião cura pela fé. A ciência explica a cura pela fé dentro do psicossomático. A religião explica a fé pelo divino. Este ponto de encontro entre mito e realidade é um marco na vida do homem social. Talvez nunca entrem em comum acordo.
Com tudo isso, vimos algumas faces do mito dentro da sociedade. Seja nos contos infantis, na mídia ou dentro da religião os mitos existem. Pode ser positivo ou negativo, pertence à cultura porque é criação da mente humana. Edifica a fé e é capaz de manipular a mente humana. Espero que a leitura tenha sido agradável e que você leitor busque mais informações, não acredite em tudo que lhe propõem, seja mais critico para não ser vitima dos mitos. Reveja seus conceitos. Em que você acredita??? Deixo mais uma pergunta, o bom político é um mito?

texto de minha autoria , sem referencia bibliografica.

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